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A Profecia de São Nilo

Publicado: 8 de abril de 2011 por Rafasoftwares em Escatologia

São Nilo é também conhecido como São Nilo, o Asceta, São Nilo, o Velho e São Nilo, o Sábio.

Era um oficial bizantino e parece que foi um prefeito pretoriano. Casado e pai de dois filhos. Quando os filhos cresceram, Nilo e esposa concordaram em se separarem e levar uma vida dedicada a Deus. Ele foi monge no Monte Sinai com o seu filho Teódulo. Após alguns anos no Monte Sinai, os árabes raptaram Teódulo. Nilo saiu a sua procura e o encontrou em Eleusa, na Palestina, onde o Bispo tinha resgatado Teódulo da escravidão e o colocou como porteiro da sua igreja. O bispo ordenou a ambos e ele retornou ao Sinai. Notável conhecedor de assuntos teológicos e autor de vários livros, seus escritos influenciaram a Igreja Oriental. Bispo de Ancyra, (hoje Ankara – Turquia) amigo e conselheiro de São João Crisóstomo, nasceu no 4° século em Bizancio, e faleceu no ano 430 de causas naturais.

A Profecia

Antes de apresentarmos essa Profecia, é bom fazer algumas considerações iniciais, para que a sua simples leitura não seja superficial, nem passem desapercebidas as coisas e acontecimentos que ela nos revela. Essa profecia tem mais de 1570 anos, o que equivale a mais de XV séculos e meio, e é de estilo Apocalíptico. Humanamente falando, é absolutamente impossível que um homem, sem a ajuda de Deus, possa conhecer o futuro, dizendo, com incrível precisão, as coisas que estão por acontecer. A indicação da época em que esta viria realizar-se e a sua realização revela a sobrenaturalidade da profecia, ou seja, faz-nos ver que foi Deus que falou, afastando, assim, a argumentação de que sua realização seja apenas uma mera coincidência, ou fruto de uma interpretação comodata dos textos proféticos da Bíblia. A predição da época, e a sua realização, é um testemunho que faz brilhar a onisciência de Deus, e sinal de que a Profecia não veio do homem, mas de Deus. Ora, nem o homem e, segundo a teologia, nem os Anjos e nem os Demônios podem conhecer, com certeza, o que irá acontecer, porque têm a inteligência limitada. Deus, porém, pode conhecer, com certeza, o que irá acontecer, num futuro próximo ou longínquo, porque sua inteligência é ilimitada, ou seja, compreende tudo: o presente, o passado e o futuro. A inteligência do homem mau compreende o presente; a do Anjo compreende o presente e o passado; e tanto um como o outro, não podem, de maneira absoluta, conhecer o futuro. Portanto, a Profecia de São Nilo, que trás a compreensão exata de coisas futuras, que viriam acontecer XV séculos depois de sua predição, só pode ter a Deus por autor. Deus quis, por meio dessa Profecia, assistir à sua Igreja, nestes tempos conturbados pelo qual ela está passando, porque essa Profecia é um Dom do Espírito Santo, o qual foi prometido aos Apóstolos para guiar toda a Igreja no caminho da verdade como tal, conforme disse nosso Senhor Jesus Cristo: “Quando vier, porém, o Espírito de verdade, ele vos guiará no caminho da verdade integral, porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e anunciar-se-vos-á as coisas que estão para vir.” (Jô. 16, 13). As “coisas que estão para vir” são todas aquelas “coisas” que foram profetizadas por nosso Senhor Jesus Cristo, pelos Profetas e pelos Santos Apóstolos, ou seja, as “coisas que estão para vir” são as Profecias que dizem respeito ao final dos tempos e sobre a aparição do Anticristo.

A Profecia de São Nilo anuncia, de maneira extraordinária, o tempo em que os sinais da Parusia, profetizados por nosso Senhor Jesus Cristo e pelos Santos Apóstolos, viriam acontecer. Embora a Profecia de São Nilo indique a época de sua realização, isto não contradiz em nada o que está escrito: “Mas, quanto àquele dia e àquela hora, ninguém sabe, nem os Anjos do céu, nem o Filho, mas só o Pai”. (Mt. 24, 36). Não contradiz, porque a Profecia indica o século que se inicia, e não o dia e a hora, em que os sinais ali descritos viriam acontecer, como anúncio da aparição do Anticristo e do fim dos tempos.

A Vinda do Anticristo

Depois do ano 1900, por meados do século XX, as pessoas desse tempo tornar-se-ão irreconhecíveis … Quando se aproximar o tempo da vinda do Anticristo, a inteligência dos homens será obscurecida pelas paixões carnais: a degradação e o desregramento acentuar-se-ão. O mundo, então, tornar-se-á irreconhecível. As pessoas mudarão de aparência, e será impossível distinguir os homens das mulheres, por causa do atrevimento na maneira de se vestir e na moda de seus cabelos. Essas pessoas serão desumanas e como autênticos animais selvagens, por causa das tentações do anticristo. Não se respeitará mais os pais e os mais idoso. O amor desaparecerá. E os pastores cristãos, bispos e sacerdotes, serão homens frívolos, completamente incapazes de distinguir o caminho à direita, ou à esquerda. Nesse tempo as leis morais e as tradições dos cristãos e da Igreja mudarão. As pessoas não praticarão mais a modéstia e reinará a dissipação! A mentira e a cobiça atingirão grandes proporções, e infelizes daqueles que acumularão riquezas! A luxúria, o adultério, a homossexualidade, as ações secretas e a morte serão a regra da sociedade. Nesse tempo futuro, devido o poder de tão grandes crimes e de uma tal devassidão, as pessoas serão privadas da graça do Espírito Santo, recebida no seu batismo, e nem sequer sentirão remorsos. As Igrejas serão privadas de pastores piedosos e tementes a Deus, e infelizes dos cristãos que restarem sobre a terra, nesse momento! Eles perderão completamente a sua Fé, porque não haverá quem lhes mostre a luz da verdade. Eles se afastarão do mundo, refugiando-se em lugares santos, na intenção de aliviar os seus sofrimentos espirituais, mas, em toda a parte, só encontrarão obstáculos e contrariedades. Tudo isto resultará do fato de que o Anticristo deseja ser o senhor de todas as coisas, e se tornar o mestre de todo o Universo. Ele realizará milagres e sinais inexplicáveis. Dará também a um homem sem valor uma sabedoria depravada, a fim de descobrir um modo pelo qual um homem possa ter uma conversa com outro, de um canto ao outro da terra. Nesse tempo, os homens também voarão pelos ares como os pássaros, e descerão ao seio do oceano como os peixes. E quando isso acontecer, infelizmente, essas pessoas verão as suas vidas rodeadas de conforto, sem saber, pobres almas, que tudo isso é uma fraude de Satanás. E ele, o ímpio, inflará a ciência da vaidade, a tal ponto que ela se afastará do caminho certo e conduzirá as pessoas à perda da Fé na existência de Deus, de um Deus em Três Pessoas…

Então, Deus, infinitamente Bom, verá a decadência da raça humana, e abreviará os dias, por amor do pequeno número daqueles que deverão ser salvos, porque o Inimigo desejaria arrastar mesmo os eleitos à tentação, se isso fosse possível. Então a espada do castigo aparecerá de repente e derrubará o corruptor e seus servidores.” (Bibl. Sanctorum, v. IX, p. 1008.).

Se compararmos a Profecia de São Nilo com todas as Profecias Bíblicas, de estilo apocalíptico, notaremos uma identidade de idéias muito profundas, de forma que elas se compreendem e se completam. As profecias Bíblicas que tratam sobre o “Fim dos Tempos” e sobre a “Vinda do Anticristo”, descrevem de forma extraordinária todos os sinais que acontecerão naqueles dias, mas só que não revelam o tempo exato em que estas coisas viriam a se realizar, ao passo que São Nilo, ao tratar sobre o mesmo assunto, indica o tempo em que tudo isso viria a acontecer. Por isto a Profecia de São Nilo torna-se uma interpretação divina e profética das Escrituras.

Autor : ECCLESIA

A falsa doutrina do Arrebatamento Pré-Tribulacionista

Publicado: 18 de março de 2011 por Rafasoftwares em Escatologia

Segundo algumas igrejas evangélicas, antes da grande tribulação descrita no apocalipse, os cristãos da terra desaparecerão. Serão “arrebatados” por Cristo antes do julgamento final. Para ser mais exato é uma crença num arrebatamento “Pré-Tribulacionista”. Segundo eles isto ocorrerá um pouco antes do aparecimento do anti-cristo, e todos os chamados cristãos fiéis serão levados para o céu e não participarão da grande tribulação.

As passagens comumente usadas como suporte a essa doutrina são as seguintes:

Ap 3,10: Visto que guardaste minha recomendação de perseverar, eu te guardarei na hora da prova, que virá sobre o mundo inteiro, para provar os habitantes da terra .

Lc 17,34-35: Eu vos digo: nessa noite estarão dois numa cama; um será arrebatado, o outro deixado; haverá duas mulheres moendo juntas, uma será arrebatada, a outra deixada.

Mt 24,40-41: Dois homens estarão num campo: um será levado e outro será deixado; duas mulheres estarão moendo, uma será levada e outra deixada.

1Ts 4,15-17: Isto vo-lo dissemos apoiados na palavra do Senhor: nós, que ficarmos vivos até a vinda do Senhor, não precederemos os mortos; pois o próprio Senhor, ao soar uma ordem, à voz do arcanjo e ao toque da trombeta divina, descerá do céu; então ressuscitarão primeiro os cristãos mortos; depois nós, que estivermos vivos, seremos arrebatados com eles entre as nuvens no ar, ao encontro do Senhor; e assim estaremos sempre com o Senhor.

Será que estas passagens realmente dão suporte a esta doutrina? Analizaremos estas passagens mais adiante, primeiramente vamos mostrar a impossibilidade de um arrebatamento antes da Tribulação e da vinda de Cristo para o julgamento.

O próprio texto de 1 Ts 4, 15-17, citado por que defende esta doutrina, já nos mostra que primeiro os mortos terão que ressuscitar e que somente após isso os que estão vivos irão ser levados por Cristo.

João diz que:

Não estranheis isto: chega a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz. Os que agiram bem ressuscitarão para viver, os que agiram mal ressuscitarão para ser julgados.” Jo 5,28-29

Ou seja os mortos terão que ressuscitar para poderem ser julgados e somente após o julgamento irão ao céu ou inferno, ora como podem os pré-tribulacionistas dizerem que seremos arrebatados antes do Julgamento Final se os vivos irão ao céu somente após os mortos que serão julgados?

Continuando no Capítulo 5 de I Ts, veremos que Paulo está falando de um arrebatamento logo quando Cristo vir e não antes disso:

I Tessalonicenses 5, 1-4. A respeito da época e do momento, não há necessidade, irmãos, de que vos escrevamos. Pois vós mesmos sabeis muito bem que o dia do Senhor virá como um ladrão de noite. Quando os homens disserem: Paz e segurança!, então repentinamente lhes sobrevirá a destruição, como as dores à mulher grávida. E não escaparão. Mas vós, irmãos, não estais em trevas, de modo que esse dia vos surpreenda como um ladrão.

Ou seja veja Paulo dizendo que os Cristãos verão a tribulação, como assim afirma Jesus:

Mateus 24, 20-22 Rogai para que vossa fuga não seja no inverno, nem em dia de sábado; porque então a tribulação será tão grande como nunca foi vista, desde o começo do mundo até o presente, nem jamais será. Se aqueles dias não fossem abreviados, criatura alguma escaparia; mas por causa dos escolhidos, aqueles dias serão abreviados.

Veja que por causa dos escolhidos os dias da tribulação serão diminuídos para que os escolhidos possam se salvar, Jesus não diz que antes da tribulação os escolhidos seriam salvos, mas que os dias seriam diminuídos para que após isso eles fossem salvos.

Claro que Cristo não abandonará os seus e os manterá firmes e os apoiará e os salvará da tribulação.

E Lucas completa:

Lucas 21, 26-28. Os homens definharão de medo, na expectativa dos males que devem sobrevir a toda a terra. As próprias forças dos céus serão abaladas. Então verão o Filho do Homem vir sobre uma nuvem com grande glória e majestade. Quando começarem a acontecer estas coisas, reanimai-vos e levantai as vossas cabeças; porque se aproxima a vossa libertação.

Veja que Jesus virá depois da tribulação e exorta aos fiéis a levantar as cabeças, pois o alivio estará próximo, depois da provação e não antes.

Portanto está claro que não existe nenhum arrebatamento da Igreja fiel antes da tribulação ou todos estes versículos seriam desconexos.

Outro ponto importante de se tocar é que esta doutrina do arrebatamento pressupõe que haverão três “segundas vindas” de Jesus. Uma no arrebatamento (supostamente descrita em 1 Ts 4, 15-16), outra no início do reinado de mil anos e outra ainda no julgamento final. Porém, todas as evidências bíblicas apontam para apenas uma segunda vinda de Jesus.

Mt 24,27.30: Pois, como o relâmpago aparece no levante e brilha até o poente, assim será a chegada do Filho do Homem. Então aparecerá no céu o estandarte do Filho do Homem. Todas as raças do mundo farão luto e verão o Filho do Homem chegar nas nuvens do céu, com glória e poder.

Mt 25,31: Quando chegar o Filho do Homem com majestade, acompanhado de todos os seus anjos, sentará em seu trono de glória.

1Cor 15,22-23: Visto que todos morrem por Adão, todos recuperarão a vida em Cristo. Cada um por usa vez: a primícia é Cristo; depois, quando ele voltar, os cristãos.

2 Ts 2,1.8: Irmãos, pela vinda do Senhor nosso Jesus Cristo e nossa reunião com ele…Então se revelará o iníquo, que será destruído pelo Senhor Jesus com o sopro de sua boca e anulará com a manifestação de sua vinda.

1Tm 6,14: Eu te recomendo que conserves o mandamento sem mancha nem repreensão, até que apareça o Senhor nosso Jesus Cristo.

Tt 2,13: Esperando a promessa feliz e a manifestação da glória do nosso grande Deus e do nosso Salvador Jesus Cristo.

Tg 5,7: Irmãos, tende paciência até que venha o Senhor. Prestai atenção no lavrador, como espera com paciência até receber as primeiras chuvas e as tardias, com a esperança do valioso fruto da terra.

2 Pd 3,10: O dia do Senhor chegará como um ladrão. Então o céu desaparecerá com estrondo, os elementos se desfarão em chamas, a terra com suas obras ficarão em chamas, a terra com suas obras ficará evidente

Mt 24,42: Assim, pois, vigiai, porque não sabeis o dia em que chegará o vosso Senhor.

Mt 24, 36 (Mc 13,32): Quanto ao dia e à hora, ninguém os conhece…

At 1,11: Homens da Galiléia, que fazeis aí olhando o céu? Este Jesus que vos foi arrebatado para o céu, virá como o vistes partir para o céu.

Todas estas passagens tratam da vinda de Jesus apenas no singular, por estas passagens vemos que Jesus virá apenas uma vez,

Alguns dizem que não se tratam de 3 segundas vindas e justificam dizendo que no arrebatamento Jesus virá e não tocará o chão, fundamentando se novamente em 1 Ts 4, e só depois da tribulação que seria a então esperada 2ª vinda para reinar mil anos e já estando aqui na terra no final dos mil anos julgaria os vivos e os mortos.

Tão sem fundamento é esta doutrina que seus próprios adeptos não sabem explicá-la, ora onde se encontram nas sagradas escrituras estas duas vindas, uma sem tocar o chão e a outra tocando o chão, então seriam pelos menos 2 não? Paulo fala que Jesus virá para julgar os vivos e os mortos logo e não para reinar mil anos e depois julgar (cf. 2 Tm 4, 1).

Outro ponto a se tratar é que esta doutrina também sugere que partes da humanidade serão ressuscitadas em momentos diferentes. Partes das pessoas ressuscitarão para serem arrebatadas antes da tribulação e outras ressuscitarão no ultimo dia.

Vejamos por que segundo as escrituras isto é impossível:

Vamos ler novamente 1Ts 4,15-17: “Isto vo-lo dissemos apoiados na palavra do Senhor: nós, que ficarmos vivos até a vinda do Senhor, não precederemos os mortos; pois o próprio Senhor, ao soar uma ordem, à voz do arcanjo e ao toque da trombeta divina, descerá do céu; então ressuscitarão primeiro os cristãos mortos; depois nós, que estivermos vivos, seremos arrebatados com eles entre as nuvens no ar, ao encontro do Senhor; e assim estaremos sempre com o Senhor.”

E agora João 6, 40Esta é a vontade de meu Pai: que todo aquele que vê o Filho e nele crê, tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia.”

Em João Jesus diz que ressuscitará o justo no último dia e não antes da tribulação, sendo 1 Ts 4, 15-17 uma prova do arrebatamento Pré-Tribulacionista, teríamos então 2 ressurreições ou então uma passagem entra em contradição com a outra, seja qual for a desculpa são erros que comprometem a lógica das escrituras.

Jesus nunca disse “eu o ressuscitarei antes da tribulação ou antes ou após mil anos”. Não, Ele disse que nos ressuscitará no último dia.

Alguns usam Ap 20, 5-6 para dizer que haverão 2 ressurreições, porém Santo Agostinho, no século 4, nos deu a correta interpretação desta primeira ressurreição, que se refere ao renascimento pelo batismo ou o “nascer de novo” como descreve Jesus em sua conversa com Nicodemos em Jo 3,1-8, e Paulo em Rm 6, 4 “Fomos, pois, sepultados com ele na sua morte pelo batismo para que, como Cristo ressurgiu dos mortos pela glória do Pai, assim nós também vivamos uma vida nova.”

Vamos analisar agora as outras passagens que citamos no início da matéria que os defensores desta doutrina usam para justificá-la e ver que de modo algum elas se referem a estas doutrinas, primeiro vamos há  Lc 17,34-35 que diz:

Eu vos digo: nessa noite estarão dois numa cama; um será arrebatado, o outro deixado; haverá duas mulheres moendo juntas, uma será arrebatada, a outra deixada.”

Este versículo seria uma grande prova de um arrebatamento Pré-Tribulacionista onde os eleitos iriam para o céu e os outros seriam deixados, porém  olhando todo o contexto como diz a expressão “olhe o texto no contexto para não virar pretexto” veremos que este versículo nada mais fala do que a arrebatamento depois da vinda de Cristo sendo portanto um versículo que é contra um pré-arrebatamento, veja:

Lucas 17, 28-30Também do mesmo modo como aconteceu nos dias de Lot. Os homens festejavam, compravam e vendiam, plantavam e edificavam. No dia em que Lot saiu de Sodoma, choveu fogo e enxofre do céu, que exterminou todos eles.  Assim será no dia em que se manifestar o Filho do Homem….”  … Lucas 17, 34-35 Eu vos digo: nessa noite estarão dois numa cama; um será arrebatado, o outro deixado; haverá duas mulheres moendo juntas, uma será arrebatada, a outra deixada.”

Veja o texto de Lucas nada mais fala do que o arrebatamento do dia da vinda de Jesus onde os Cristãos serão levados para o céu e os ímpios deixados, e não antes da grande tribulação. Também Mt 24,40-41 é entendida da mesma forma que Lucas 17, 34-3.5

E agora, Ap 3,10: Visto que guardaste minha recomendação de perseverar, eu te guardarei na hora da prova, que virá sobre o mundo inteiro, para provar os habitantes da terra .

Este texto nada mais fala do que a mão de Deus protegendo os Cristãos durante a tribulação, Deus nos protegerá para que nenhuma das pragas nos atinja e que sobrevivamos à provação.

Conclusão

Esta doutrina do arrebatamento não consta das Escrituras, e foi inventada há pouco mais de duzentos anos, por um inglês chamado John Nelson Darby (1800-1882), e tornando-se febre entre os protestantes por causa dos comentários de rodapé da Bíblia de Scofield. Portanto, é a mais recente linha de interpretação da escatologia bíblica. Esta tal interpretação já havia sido formulada trezentos anos antes pelo jesuíta espanhol Franscisco Ribera (1537-1591). Por quase 3 séculos, ficou confinada na Igreja Católica, até que, em 1826, Samuel R. Maitland (1792-1866), que era bibliotecário de Canterbury, publicou um panfleto em que promovia a idéia do jesuita.

Nada tem de bíblica nem tem base na tradição, portanto mais uma falácia criada por fundamentalismos.

Referencias bibliográficas:

Bread Of Life Catholic Apologetics Webring. Apostolado Veritatis Splendor: deixados para trás – a doutrina do arrebatamento . Disponível em http://veritatis.com.br/apologetica/protestantismo/883-deixados-para-tras-a-doutrina-do-arrebatamento, desde 18/03/2011; tradução: Rondinelly Ribeiro Rosa.